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Foto:  https://immub.org/compositor/carlos-penna-filho

 

 

CARLOS PENNA FILHO

 

Natural de Vitória, no Espírito Santo, vivia há 25 anos em Florianópolis.

Ainda adolescente, Penna Filho começou a trabalhar no rádio, atuando em emissoras capixabas até 1958. Ao longo desse período, exerceu funções, como locutor, rádio-ator, redator, repórter, produtor e diretor artístico. Paralelamente, atuou como repórter e redator na imprensa escrita.

Faleceu em 2015, aos 79 anos de idade.

 

 

BACK, Sylvio.  Cinquenta anos. Díário do Paraná. Edição fac-similar.  Capa : Guilherme           Mansur.  Reprodução fotográfica: Cadi Busatto. Coordenação gráfica: Rita de Cássia Solieri Brandt.  Projeto gráfico: Adriana Salmazo Zavadniak.  Curitiba, Paraná:  Itaipu Binacional, 2011.  S. p.  Inclui 7 folhas dobradas  94 x  1,26  cm., com imagens de páginas do suplemento literários dos anos 1959 – 1960, acomodadas numa caixa de papelão 35x 48 cm.  Ex. bibl. Antonio Miranda. 

 

/O jornal não inclui dados biográficos dos poetas. No caso presente, existia na mesma época da publicação do seguinte poema, um poeta em Pernambuco com o nome de Carlos Pena Filho, com um “n” apenas ( (Recife, 17 de maio de 1929 — Recife, 1 de julho de 1960). Optamos pelo cineasta Carlos Penna Filho, do Espírito Santo, mas vivia em Florianópolis. Sem muita certeza.../

 

 

os interesses perdidos

 

 

I

 

Sem ter chegado a parte alguma, espia
os interesses que perdeu na viagem.
E sem ter mais nenhum, tarde confia:
“É mais leve o viajante sem bagagem”

 

Deserto, sem caminho e sem linguagem,
sem a lembrança até que outrora havia,
nem sabe se existiu, quando existia,
ou se era a parte morta da paisagem.

Muito tem de perder, mas não tem nada,
por isso é tempo de ir adquirindo,
pra não entregar a alma endividada.

Ou então ir a carne destruindo,
com tamanha violência e de tal sorte
que até perca o interesse pela morte.


II

Metade sol do Nordeste,
metade invernso europeu.

Não tem a metade nova
e já a antiga perdeu.

— E o que é que ainda tem seu?

— Nada. Perguntei-lhe um dia:
O que é que contigo levas?
Respondeu-me: O sol não chega
até meu muro de trevas.

Falei-lhe de homens e bichos,
de meninos e mulheres.
Respondeu-me: Nada sei.
Não sei nem mesmo o que queres.

— E o que é que ainda tens de seu?
—Nada. Um dia disse-lhe eu:

Levas uma coisa: a morte,
pois em todos isto é certo.
Perguntou-me: Tens notícia
de haver morrido um deserto?

 

 

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Poema publicado em 12 de junho de 1960

 

 

 

*

 

 

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Página publicada em fevereiro de 2021


 

 

 
 
 
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